Documento 3

7 de Outubro de 2009

Doaçaõ, que fez a Rainha D. Tereza, Mãy do Senhor Rey 
D. Affonso o Primeiro, e he do anno de Christo de 1128. 

(Segunda Carta de Doaçaõ que tras vertida em Portugues 
o Dr, Pedro Alvres Seco que o fez por ordem do Senhor Rey D. Sebastiaõ.) 


Em nome de Deos, Eu a Rainha D. Tereja faso esta carta de testamento a Deos, e aos Soldados do Templo de Salomaõ por remedio de minha alma, e remissaõ de meus peccados do Castello que se chama Soure. Dou este Castello a Deos, e aos sobreditos Soldados do Templo, por seus termos antigos com agoas, pastos, terras cultivadas, e por cultivar, e com todos os direitos pertencentes ao dito Castello; isto he, com todas as cousas que da sobredita Villa, ou lugar por uzo, e costume me haviaõ de ser dadas; as quaes daqui por diante sejaõ dadas aos Soldados do Templo de Salomaõ: E assim eu as dou, e concedo, com quanto no dito lugar de presente se possue, e ao diante se possuir: o qual Castello está no territorio de Coimbra agoas vertentes para o Mondego. Por quanto se alguem quizer impedir ou interromper este meu feito, ou escripto seja anameta. E eu o Conde D. Fernando dou, e concedo esta doaçaõ, que a Rainha D. Tereza minha Senhora me tinha feito, a Deos, e aos Soldados do Templo. Feita a Carta de Testamento aos quatorze das Calendas de Abril da era de mil cento sessenta e seis. Nós os sobreditos com nossas maõs roboramos, e confirmamos este testamento. 

Os prezentes que se acháraõ

Afonso Rey de Leaõ ..................................... confirmo.
O Conde Rodrigo Galiciano ......................... conf.
Payo Soares ................................................... conf.
Egas Gozendes ............................................... conf.
Gonsalo Dias Alcaide de Coimbra ................. conf.
Payo Suares Alcaide de Monte-Mór .............. conf.
Randulfo ............................................. testemunha.
Zalama ................................................ testemunha.
Zoleima .............................................. testemunha.

Mendo proprio Notario da Corte o escreveo esta Carta foy roborada na maõ de D. Raymundo Bernardes em a Cidade de Braga de tal modo, e com tal pacto que naquelle Castello que damos antes da nossa morte, naõ seja recebido algum de nossos inimigos; e se ahi entrar, seja logo lançado fóra de modo, que nenhum mal nos venha dahi.

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