O cavalo é venerado pelo homem desde a mais remota antiguidade. Possante, inteligente e rebelde, ele era um símbolo de liberdade. O cavalo Lusitano, dizia-se, era filho do vento. Quando em contacto com o homem, era dócil e sensível. No povo Oesthermínio (Lusitano), havia uma tribo, os jagos, que conquistavam os cavalos de uma forma muito peculiar e que demonstra bem a sabedoria ancestral destes povos:
"... quando um jovem atingia a fase de adulto, partia para o vale na busca do cavalo que seria seu companheiro. Acercava-se da manada e ainda a alguma distância escolhia o animal mais fugoso. Estudava-lhe os movimentos e pacientemente, tentava estabelecer contacto; um elo de ligação mental que quebrasse a barreira da desconfiança. Quando o cavalo começava a aceitar a proximidade, o jovem afastava-se em pequenas corridas e parava a alguma distância. Depois voltava a aproximar-se, devagar. Repetia as vezes necessárias até que o cavalo, num arranque instintivo, o acompanhava na corrida. Era o sinal de aceitação. Depois o contacto. A afeição. O jovem voltava todos os dias até a conquista ser completa. Definitiva. Depois, o momento mágico da montada. O galope pelos campos, montado em pêlo."
Era esta a têmpera do cavalo e do cavaleiro lusitanos. A mesma que moldou mais tarde, a cavalaria Templária portuguesa.
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