No anno de 1145, e no mez de Agosto, D. Joaõ Ovilheiro, Archebispo de Braga, com o seu clero, ou Cabido, approvando, e consentindo El-Rey D. Affonso I, confirmaram, e mesmo de novo concederam “Domno Suerio, Militioe Templi Domini Ministro, Nec non et vestris Fratribus ejusdem Professionis Militibus” o Hospital, que seu antecessor D. Payo de boa memmoria, havia fundado, e dotado em Braga, para uso dos pobres, e miseráveis, e para remissaõ das suas culpas, e de seus pais, e parentes, e do qual em sua vida “hevia feito Doaçaõ á Ordem do Templo.” E naõ só confirmam a doaçaõ do dito Hospital; mas ainda lhe daõ, e doam metade dos seus dízimos de todas as rendas, e dos ferros, que tinham dentro e fóra da cidade de Braga.
Entre os mais, que nesta escritura confirmam, he D. Pedro Pitoens, em outro tempo “Bracharae Prior, lunc Portugalensis Electus.” Esta confirmaçaõ, naõ só foi confirmada por El-Rey D. Affonso I; mas ainda por sua carta passada no anno de 1146 lhe dá expresso consentimento, e declara: “Que o Arcebispo D. Payo havia dotado o dito Hospital com muitas herdades, e fazendas, que os de Braga logo depois da sua morte lhe haviam usurpado.”
Manda El-Rey, que tudo seja tornado áquelle estado em que o fundador o deixara á hora da sua morte; “e que os Templários usem destas rendas, e as dispendaõ em serviço da sua Ordem.”
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