30 de Março de 2010
2º Mestre
1140-1156
[ no reinado de D. Afonso I ]
Cavaleiro de origem franca.
Foi um dos cinco cavaleiros Templários que primeiro entraram em Portugal, aquando da carta-convite da rainha D. Teresa.
Em 1143, Moço [Afonso] Viegas, de Lamego e sua mulher D. Aldára Peres, doam à Ordem o que possuem na vila rústica de Canelas situada nas margens do rio Paiva. Nesse mesmo ano, Mendo Moniz e sua mulher Cristina Gonçalves doam terras suas à Ordem.
D. Afonso Henriques, com as suas hostes e os seus irmãos Templários concorrem para a recuperação de Leiria (anteriormente Liria) e nas entradas guerreiras pela Galiza.
O castelo de Soure é tomado em 1144 pelas tropas de Abu Zacharia, Alcaide de Santarém, depois de uma renhida batalha em que muitos dos Templários são mortos e outros feitos prisioneiros, sendo levados e encarcerados, inicialmente, no castelo de Santarém.
Através de uma doação feita a 10 de Junho de 1145 por Fernão Mendes, senhor de Bragança e Lampaças e de sua mulher D. Sancha, irmã do rei português, a Ordem recebe o castelo de Longróiva, antigo castro lusitano denominado Longóbriga.
A 10 de Março de 1147, uma segunda-feira, o rei português acompanhado de um pequeno exército, parte de Coimbra a caminho de Santarém. Passam por Soure no dia seguinte, onde se lhes junta uma pequena hoste Templária sob o comando de Mestre Ugo.
D. Frei Pedro Arnaldo, vindo de Coimbra com o rei, acompanha-os igualmente.
Após a conquista de Santarém, num sábado de 15 de Março de 1147, e depois de ser hasteado no alto das ameias das Portas do Sol, o pendão português de Santiago por Mem Ramires, passa esta povoação a ser a nova sede da Ordem do Templo, em substituição de Soure. Aí, os Templários farão construir a igreja de Santa Maria da Alcáçova, seu primeiro templo em território português.
Este será um dos votos de D. Afonso Henriques que prometia a doação de todo o património eclesiástico aos freires guerreiros caso tomasse o castelo.
Neste mesmo ano de 1147, a 21 de Outubro, os Templários participam na tomada de Lisboa.
Também neste ano, a Ordem recebe uma grande herdade próximo de Monte Crasto, no rio Peias, de Paio Nunes e sua mulher Bonacelel.
Foram também doadas à Ordem, em 1149, propriedades em Loures e a comendadoria de Sintra.
Num documento de 1151, regista-se pela primeira vez, em Portugal, a denominação de "Mestre" do Templo em vez de Procurador:
Vobis Fratribus Templi S. Petro Gratyial, Martino Pelais,
qui in Bracara habitatis sub manu Magistri Domnis Ugonis.
Em 1152, D. Ejeuva Aires e seus filhos Paio Gontimiris e Martim Paio, vendem à Milícia do Templo de Jerusalém uma herdade que tinham em Braga, onde esta possuía casa e hospital, em habitações distintas e que o arcebispo D. João fez, com o tempo, aumentar com muitas herdades e fazendas.
O Mestre D. Frei Ugo morre em 1156.
É sepultado na igreja de Santa Maria da Alcáçova, em Santarém.
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