A luta mais dura é a que travamos com nós próprios.
A mais doce conquista é fazer do inimigo, um amigo para a vida.
"De visita ao Santo Sepulcro e integrando o nosso grupo de Templários, vinha Samir, um velho amigo. Muçulmano, devoto do islão, pedira-nos um canto discreto do templo para orar em paz. Estendeu o seu pequeno tapete e, virando-se para Meca, ajoelhou-se e inclinou-se em oração. Mas a intolerância rondava o espaço sagrado do Templo. Um cruzado recém chegado, de modos rudes, dirigiu-se de imediato ao nosso amigo e gritando-lhe disse:
- “Não é nessa direcção que os cristãos fazem as suas orações!”
E com violência fê-lo mudar de posição. Não fora a nossa pronta intervenção e este cruzado imbecil continuaria a exceder-se contra o pacífico árabe.
- “Desculpa, Samir. É um cruzado acabado de chegar à Terra Santa e desconhece a tolerância religiosa que caracteriza a cidade de Jerusalém.”
O nosso amigo retomou a sua oração na direcção que entendia ser, para si, a correcta.
Não satisfeito com o acto reprovável que acabava de praticar, o cruzado francês voltou a repeti-lo, incomodando Samir de forma inadmissível.
Não podendo permitir aquele acto bárbaro, expulsámos o cruzado.
O nosso amigo, decepcionado e com a paciência esgotada, desculpando-se, retirou-se também.
O que uns levam tanto tempo a construir, outros deitam por terra em minutos. Um mau prenúncio ... "
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