29 setembro 2020

4 - A frota de La Rochelle

12 de Setembro de 2013


França, 4 de Outubro de 1307 - O "Lupus", um pequeno barco Templário de navegação costeira parte do porto normando de Dieppe em direcção a Inglaterra para um encontro secreto. 
Pouco depois regressa, rumando ao porto Templário de La Rochelle. Ali, tudo parece normal não fosse notar-se a ânsia mal contida nos olhos dos que acabam de chegar. Para eles o tempo parece escassear. 

12 de Outubro - O que se ouve e comenta é demasiado cruel para ser verdade. O Templo não pode correr riscos. Se for verdade, poderá ser o fim. A reacção é imediata, como se já se esperasse algo semelhante. Com todo o seu espólio a bordo, a frota zarpa pela calada da noite rumo a Oeste. Foi a última vez que os franceses a viram. 

13 de Outubro - É madrugada. Os verdugos de Filipe "o Pérfido", obedecendo a um plano sinistro do soberano, prendem de surpresa todos os que encontram nas Comendadorias e casas da Ordem em França. Com a ganância estampada nos rostos dirigem-se ao Templo de Paris, sede da Ordem, a fim de se apoderarem dos bens Templários. Mas encontram tudo vazio. Correm a La Rochelle, ansiosos. Já lá não está ninguém. Mandam alertar todos os portos próximos, mas nada! A frota Templária tinha-se esfumado. 

Porto de Salir, baía de S. Martinho, reino de Portugal - Ancorados ao largo contam-se diversos navios. Parecem os mesmos que deixaram La Rochelle mas as velas estão modificadas. Alguns aproximam-se e entram na enseada. O movimento no pequeno porto de pescadores é rápido e eficaz. Em pouco tempo, a carga é transferida para terra e parte rumo a Tomar. Depois juntam-se aos restantes e toda a frota mete proa ao alto mar. Rumam para Ocidente. Contra o vento. A favor do destino. 

________________________________________ 
Em 1312, mais navios vindos do continente se juntaram à frota Templária. Alguns foram convertidos. Outros desmantelados ou afundados. Só começariam a regressar entre 1315 e 1319, trazendo nas velas o novo sinal da Ordem. Ao contrário do que a História oficial conta, as ilhas dos Açores já estavam povoadas por descendentes destes Templários refugiados de França, quando se deu o arquipélago como oficialmente descoberto. Os novos povoadores sempre pensaram que os franceses tinham chegado pouco antes deles. Por isso não questionaram a sua presença nas ilhas. O sigilo Templário e a cumplicidade régia fizeram o resto. 

Ainda hoje se nota no falar dos açorianos a influência do sotaque francês.

Sem comentários: