Após anos de recolha de informação naval, os nossos Irmãos Templários passaram à compilação dos relatos, registos e dados cartográficos de que resultou a riquíssima colecção de tratados da arte de marear que guardamos até hoje. "Navalica" resume o que de melhor contêm esses tratados e conta a História das Navegações com Marca Templária.
Era pensamento comum, nesta época tão recuada como era o século XII, que "contra o vento não se podia fazer navegação oceânica com proveito". Dizia a prática que os ventos predominantes não permitiam navegar directamente para Ocidente com os existentes navios de vela quadrada. A única solução que parecia viável era rumar a Sul. Era a única porta aberta. Os Templários viram neste impedimento uma oportunidade única.
Possuidores de extraordinário sentido de inovação, decidiram que iriam tomar partido das dificuldades e fazer o que a todos parecia impossível. Se mais ninguém o sabia ou podia fazer, então isso era bom para o sigilo Templário. Adaptaram as velhas velas árabes triangulares a barcos preparados para o alto mar, melhorando as suas características técnicas e o desempenho em deslocação. Apuraram o sistema de orientação e posicionamento 'sem a costa à vista', que os árabes usavam regularmente e na posse de todo este conjunto de melhorias, os agora Cavaleiros do Mar partiram para a navegação à bolina, contra o vento e sempre para Ocidente.
Após algumas tentativas, chegaram finalmente em Agosto de 1198 ao grupo de ilhas que haveriam de ser conhecidas mais tarde pelo nome de Açores. Dois anos mais tarde atingiriam a costa norte do grande Continente desconhecido.
Estava assim criada, graças ao espírito aventureiro dos Cavaleiros do Templo Português, a rota secreta para o outro lado do mundo.
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