14 de Maio de 2017
que te mantêm no escuro,
envolta em manto tão negro,
deixando-te em grilhões presa
por detrás de grades púrpura
que encerram teu degredo.
Presa mas não esquecida,
que eu o corvo mais velho,
leal sombra, teu fiel amigo,
usando o tempo, farei questão
de partir as grades que te retêm,
para te libertar e levar comigo.
Levar-te para longe da mentira,
dos que dizem hoje, com falsidade,
serem os que vestem tuas alvas penas,
tentando na vã futilidade da vida
tornar grandes as minguadas almas,
soprando tal vida em vidas tão pequenas.
Tu, a ponte de entre todas, a eleita,
podias com teus feitos ter escrito hoje,
que do negro manto, a alva pomba soltaste,
mas deixaste somente palavras ao vento,
que no seu esquecimento, já o vento leva,
deixando apenas na memória a justiça que negaste.
Fr. Salvador
1965, Dezembro
"...a Igreja Católica deverá ser 'missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor' " - disseste. Esqueceste o 'justa' e 'libertadora'.
Que Santa Maria te perdoe, te proteja e continue a guiar Irmão Jorge.
Sem comentários:
Enviar um comentário