Casas da Comenda
São Miguel da Barreira foi uma das Comendas secretas da Ordem.
Após a conquista de Lisboa, em que participam os Templários Portugueses, D. Afonso I faz doação ao Mestre Gualdim Pais de um lugar perto de Sintra.
"... fazemos Carta de Doaçaõ, e firmeza a vós Mestre Gualdim das cazas, e herdades cultivadas, e por cultivar, as quaes estão junto de Cintra, pela boa vontade, que sempre nos mostrastes, e fiel serviço, que nos fizestes. As quaes cazas vos damos com suas herdades, para que as pessuais, e tinhais poder para vender, doar, e testar, e tambem em vossa vida a quem quizerdes, e melhor vos parecer. E se alguma pessoa de qualquer Ordem, e dignidade com temerario atrevimento presumir tirarvos as tais cazas com suas herdades..."
Pelo conteúdo deste fragmento da doação podemos perceber que os bens são atribuídos a Mestre Gualdim a título privado, podendo em sua vida (sendo ainda Mestre ou não) dispôr delas como entendesse. Percebe-se também que o lugar é junto de Sintra e não em Sintra, sendo distinto dos bens que el-Rei doa igualmente à Ordem do Templo, estes em Sintra.
Os Templários em geral, e os Templários Portugueses em particular, procuraram sempre ocupar locais sagrados e com vestígios de antiguidade, onde construíam as suas fortalezas e Templos. S. Miguel da Barreira é um claro exemplo disso.
A "necrópole" megalítica
No lugar, além de uma "necrópole" pré-histórica situada na colina vizinha, existem ainda hoje vestígios de ocupação romana visíveis nos restos de um pequeno templo e pavimento de mosaicos, vestígios de uma basílica visigótica com batistério e cemitério no seu interior, templo esse que foi recuperado e utilizado pelo Mestre Templário.
O templo "romano"
"D. Gualdim aqui habitou por longos períodos e aqui enterrou alguns dos seus mais destacados Irmãos monges-cavaleiros da Ordem. "
Cabeceira de sepultura de um Cavaleiro Templário
O baptistério da basílica visigótica
São bem visíveis as fundações do templo
Panorâmica da área ocupada pelo cemitério medieval dentro do templo
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