18 de Setembro de 2009
Não se sabe com precisão quando germinou a ideia da formação da Ordem mas é certo que foram tomadas por base, filosofias ancestrais e ensaios secretos, escritos na clandestinidade por antigos monges ao longo dos tempos. Estes tentavam preservar a todo o custo o conhecimento e a tradição dos povos do ocidente peninsular, subjugados por sucessivos invasores. A história oficial foi sempre escrita pelos vencedores, tendenciosamente distorcida, numa tentativa de apagar a memória dos vencidos. Mas os vencidos têm, também, a sua história para contar.
Os povos Lusos foram sempre adversos a tudo o que lhes fosse estranho, viesse de longe e provocasse mudança. Não tinham propriamente uma religião e não adoravam deuses. Veneravam os seus heróis e honravam-lhes a memória. Viviam em plena comunhão com a natureza, num clima de tolerância, fraternidade e completa liberdade. No entanto, em caso de adversidade, eram unidos, corajosos e aguerridos. Combatiam sem ódio por uma boa causa, eram justos para com os adversários e amavam a terra em que viviam. Protegiam os mais fracos, respeitavam os mais velhos e não descriminavam as mulheres.
Com a chegada da religião, de imediato imposta às populações escravizadas, dá-se um retrocesso avassalador, passando estas a suportar todo o tipo de injustiças num clima de medo e revolta sufocada. Os conceitos políticos e religiosos do invasor tornam-se absolutos e ferozmente repressores.
Homens bons e corajosos, cientes das suas raízes, não conseguindo fazer frente ao despotismo instalado, organizam-se numa fraternidade secreta e integram-se no poder político e religioso de forma encapotada procurando atenuar, e mesmo reverter, as injustiças e libertar as mentes. A esta fraternidade deram o nome de A Ordem.
Atravessou os mares revoltos da história e sobreviveu até hoje.
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