15 setembro 2020

Fonte Arcada

28 de Setembro de 2009 


1124-1128

Primeira Sede da Ordem 



Foi a primeira doação oficial à Ordem do Templo.
Anterior à nacionalidade, a "villa" de Fonte Arcada foi doada, em 8 de Agosto de 1124, pela rainha D. Teresa, mãe de Afonso Henriques. 

"A Ordem possuiu hospital e casa em Fonte Arcada, como prova um contrato feito entre o Mestre do Templo e o Bispo do Porto, onde se estabeleceu o que devia ser dado ao Bispo, quando este visitasse pessoalmente a «Igrª d S. Thiago d Font Arcada». Com a extinção da Ordem em 1312, D. Dinis, Rei de Portugal, passou todos os bens para a Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo (Ordem de Cristo), fundada em 1319 e que não foi mais que a continuação da Ordem do Templo, mas com outro nome. Diz a História que Fonte Arcada passou, então, a ser uma reitoria da apresentação da Mesa da Consciência e Comenda da Ordem de Cristo, no antigo Concelho de Penafiel de Sousa. Beneficiou do foral de Penafiel, dado por D. Manuel, em Évora, a 1 de Junho de 1519 e pertenceu ao extinto bispado de Penafiel, arcediagado de Penafiel (século XII)."

Na realidade, a Fonte Arcada e os seus domínios, atribuída à Ordem do Templo, fica muito perto de Póvoa de Lanhoso, Braga. Ali existiu um mosteiro Beneditino, fundado em 1087, que veio a ser incorporado no de S. Bento de Ave Maria do Porto, no século XVI. Neste mosteiro viveu e professou "Donna Froilla Herminges", sobrinha-neta de Egas Moniz, o Aio, riquíssima senhora que fez grandes doações, em 1228 ao Templo. 

O topónimo deriva da existência de uma "fonte em arco", que como em outros exemplos do nosso país, dão nome às povoações. Estas "fontes arcadas" parecem ter a sua origem anterior à época do despovoamento, entre os Séculos VIII e IX. São assim chamadas por serem em abóbada. Nestas fontes a água brotava do fundo duma arca ou cisterna, que servia para consumo das populações. 








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