A "caça" ao Javali

30 de Janeiro de 2014


Os antigos símbolos Templários que existiam nos nossos templos e monumentos foram, com o tempo e na sua quase totalidade, intencionalmente destruídos e apagados da História. Esta simbologia era profundamente hermética pelo que, quem a observava e não estava por dentro do seu real significado, fazia dela uma interpretação errada, entendendo-a como figuração de um mundo material e quotidiano. Em consequência disto, o mundo ficou até aos dias de hoje na sua completa ignorância por falta de testemunhos escritos que descodifiquem e expliquem os símbolos que sobreviveram. 

É o caso da caça ao javali que aparece representada em várias igrejas, desde as chamadas "românicas", de construção mais antiga, até às mais recentes. Nada de novo, dirão. De acordo. No entanto, perguntamos nós: 
- Porquê então a sua representação nos templos religiosos? 
Uma vez que a Ordem do Templo tem nos seus arquivos guardada a "chave" para a leitura dessa simbologia hermética, vamos levantar aqui um pouquinho do véu. 

Como temos vindo a publicar desde o início do nosso blog, os Templários Portugueses herdaram em Portugal não só bens materiais mas também (e principalmente) a tradição ancestral dos antigos povos que habitaram este nosso território Sagrado. 
Quando o cristianismo aqui chegou, vindo do longínquo Oriente, trouxe consigo ideias e costumes que inevitavelmente colidiram com a cultura local. A igreja de então, à sombra da 'águia romana', impôs a sua religião. Teve, no entanto, alguma dificuldade em apagar a memória das "divindades" ditas pagãs, fortemente enraizadas na cultura dos povos locais e, não o conseguindo fazer, acabou adaptando-as ao cristianismo, moldando-as. No que respeita às tradições ancestrais do nosso povo, a igreja nunca desistiu de as apagar, banindo-as da memória do tempo. Como se sabe o javali é desde a antiguidade o símbolo da força, coragem e determinação do povo Lusitano. Do seu amor pela liberdade. A "caça ao Javali", representada nos templos cristãos, não significa outra coisa senão as reminiscências dessa memória, plasmada na denúncia velada da perseguição e consequente aniquilamento dessa tradição ancestral, perpetrado pela igreja católica romana. A caça aos valores da velha cultura lusitana e a sua consequente destruição. 

Felizmente, os Templários são até aos dias de hoje, os Guardiões desse saber e tradição que será transmitido no devido tempo às gerações futuras. 
 
"Clausa Signum", vol.III 
(arquivos da ORCATEMPO)

Sem comentários: