03 outubro 2020

Sinais perpétuos

22 de Agosto de 2014



Acerca-te Irmão... 
Atenta no que foi a última morada do meu velho corpo. 
E nela, a mensagem que dele a pedra guardou. 
Vejo-a de novo através dos teus olhos, ao fim de tantos séculos... 

Repara como apagaram as minhas marcas! 
Andaram a apagá-las, de todos nós... por todo o lado... 
Para que não houvesse mais ligação entre o monge e o guerreiro. 

Eu fui um Cavaleiro do Templo! ...um Cavaleiro Templário! 

Tolos!
Julgaram que estas cinzas seriam tudo o que restava de mim... 
Pensaram que a verdade ficaria aqui esquecida para sempre. 
Tontos! Grandes tontos! Ignoram que o espírito é imortal. 
Ele não morre! Sempre escolhe um novo lar!
Transmigra, como uma ave livre ao vento! 

Acerca-te, Irmão... És agora o Templário que eu fui. 
Na verdade, somos uma só alma. Eu estou vivo em ti! 
Encosta, por mim, a tua face na pedra.
Passa por ela os teus dedos, levemente...
Ah!... Deixa-me sentir-lhe a frescura... 

Vês esta parte que apagaram?
Eram as minhas marcas de Cavaleiro! 
As minhas marcas... os meus sinais agora teus.
Encosta-lhes suavemente os teus dedos.
Diz-lhes que o espírito do Templo continua vivo. 
Elas vão mostrar-te como antes eram...

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