"- Mestre, lá à frente, o caminho parece separar-se em dois.
- É verdade Irmão. Consegues descortinar qual deles é o nosso caminho?
- Assim de noite é difícil distinguir, ...parecem-me iguais. Como vou saber qual o caminho certo?
- Pergunta à Lua, Irmão. Olha-a nos olhos e pergunta-lhe. A Luz que ela reflectir dar-te-á a resposta.
- Mas não seria mais fácil escolher o caminho à luz do dia?
- Não, porque se olhasses o Sol e lhe perguntasses, ele certamente te cegaria..."
"- Depreendo então, Mestre, que metaforicamente falando tenha de decidir entre o caminho do Bem e o caminho do mal. É isso?
- O mal, Irmão, é apenas a lacuna proporcionalmente inversa do Bem. No entanto o teu caminho, seja ele qual for, será sempre verdadeiro.
- Então o arbítrio será apenas meu.
- Sim Irmão. Tu decidirás se o teu Cálice deve estar vazio ou a transbordar."
"- Agora que chegámos, Mestre, vejo que um dos caminhos é afinal a sombra projectada do outro. É apenas um!
- Sim, ele traz sempre consigo a sombra fria da noite. A tua missão é contrapores essa sombra com o fogo do teu coração. Dar-lhe o calor necessário para confortar os que nela se cruzam.
Lembra-te sempre Irmão: a sombra de um Cavaleiro do Templo nunca deverá reflectir outra coisa senão ele próprio. E, tal como uma sombra, assim sejamos sempre o reflexo um do outro..."
(Iniciação)
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