No reino dos boçais

23 de Agosto de 2011


Quando o pelouro da cultura é governado por incultos… 

Convento de Cristo – Tomar 

Os Templários Portugueses tentam dar, neste blog, uma imagem de respeito, paz e tolerância. O Templário é capaz do gesto humano mais magnânimo para com o seu semelhante. No entanto, como é da sua natureza, o Templário é antes do mais, um guerreiro. A determinada altura da nossa vida, colocamos um joelho no chão para nos tocarem no ombro, ao de leve com a espada cerimonial, enquanto proclamam: 

" - ... eu te faço Cavaleiro Templário, agora, e para sempre!". 

De seguida dão-nos a "pescoçada", o equivalente ao velho "bofetão", e afirmam-nos: 

" - Que esta seja a última ofensa que toleras, vinda de outro homem, sem que seja feita a justiça do teu braço!". 

Depois mandam-nos levantar, já Cavaleiros do Templo. Ninguém faz ideia da carga emocional que comporta este momento e do que ele representa para um Templário. 

As fotos publicadas neste artigo representam uma enorme ofensa aos Templários. Uma ofensa grave! Justifica o que escrevemos atrás, noutro artigo, em que dizemos que a nossa relação com Thomar é uma relação amor-ódio. Amor pelo património, que é nosso. Amor pela memória dos nossos antepassados e pela herança que nos deixaram. Herança que temos o dever de honrar e proteger. 

E repulsa, indignação pelos constantes ataques de que esse mesmo património que, repito, é Templário e é nosso, tem sofrido às mãos daqueles que, supostamente, também o deveriam respeitar e proteger. 

Parte do alambor da velha muralha do castelo foi destruído, vítima de puro vandalismo institucional. Uma vez mais profanaram as velhas pedras Templárias. 

Não trataremos os responsáveis por 'senhores', porque o não são. Os Templários não tratam por senhores os imbecis. Muito menos os boçais deste reino. Há gente que não merece pisar o chão sagrado de Thomar.

Este foi mais um "bofetão". Mas desenganem-se aqueles que esperam que dêmos "a outra face". Um Templário nunca dá a outra face; desembainha a espada e clama justiça! A mesma justiça que o Mestre de Molay reclamou e que se abateu sobre os seus carrascos. E todos sabemos que foi tudo menos divina... 

Não confundam benevolência com fraqueza! 

Parte do troço do alambor que destruíram 


Toda esta secção do alambor desapareceu... 

... para dar lugar a uma muralha de betão! 
Pormenor da destruição.

A ditadura do betão. Atentado ao património de todos nós, 
executado pela instituição que o deveria preservar. 

De tudo o que se escreve, de tudo o que se lê sobre os Templários nossos antepassados, a única memória real, palpável, que vos chegou desses dias longínquos e que podeis hoje olhar e tocar com as vossas mãos, são estas velhas pedras... 



Estas muralhas e respectivo alambor
SÃO PATRIMÓNIO MUNDIAL !

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