Grãos de areia

18 de Outubro de 2012


                            ...jovem guerreiro, que loucura é essa?

                            Porque apressas o Tempo? 
                            Pára um pouco. O Tempo não tem pressa... 
                            Vem... Senta-te à minha sombra.
                            
                             Pousa a tua espada. Descansa um pouco. 
                            Encosta a cabeça quente na frescura da rocha.
                            Fecha os olhos. Solta o teu Espírito...
                             
                            Escuta o silêncio do deserto... 
                            Ouves o murmúrio do vento nas dunas? Desprende-te.
                            És, como eu, um grão de areia! Deixa-te levar na suave brisa.  
                            
                            Chegámos ao mar... nunca tinhas visto o mar?
                            Não reprimas essa lágrima rebelde. Solta-a. Torna-te nela.
                            Agora és, como eu, uma gota cristalina.
                            
                            Vem! Mergulha comigo no Grande Oceano.

                            Abre os teus olhos... bem vindo Irmão ao teu próprio Templo. 
                            Entra. Deixa o mundo lá fora... 
(Iniciação)

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"...o Mestre num acto de extrema simplicidade não hesita em (metaforicamente) se transmutar num grão de areia para acalmar o êxtase do guerreiro e chamar-lhe a atenção para a sua real dimensão. Depois ajuda-o a evoluir (espiritualmente) de grão de areia para gota cristalina (humildade e conhecimento), convidando-o a mergulhar com ele no Grande Oceano (fonte de Sabedoria). Vai, desta forma, buscá-lo ao 'quasi nada' e abre-lhe as portas do primeiro Templo."

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