23 setembro 2020

Balada de um condenado

17 de Abril de 2012


" A nós, Cavaleiros do Branco Manto
Roubaram a pureza da alva cor.
Pela tortura, nos reduziram a farrapos.
Como trapos, nos jogaram neste antro
Ensanguentados, a agonizar nesta dor.

Do esplendor do Balsão de guerra
Roubaram a pureza da alva cor
Depois atiraram-no por terra
Em farrapos, como trapos...
Que visão dilacerante!
Pior que a morte, Senhor!

Os Irmãos o ergueram e beijaram
E sobre ele juraram
Que da cor que todos temem e que sobrou
Fariam renascer a Ordem Sagrada
E nela, com o vermelho do nosso sangue marcaram
A rubra Cruz Templária, sobre o negro que restou.

Sabemos que nosso sacrifício não é vão
Somos inocentes! Inocentes! Inocentes!
E do que nos acusam, nada se provará.
Das riquezas espera-os sonhos vazios, ilusão
Apenas nossos corpos flagelados levarão
Pois o Espírito Templário, indomável, esse perdurará.
Para sempre... "


aos mártires de Chinon, França 

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Segundo o pergaminho de Chinon a Ordem do Templo foi suspensa, e não extinta. 
Em França, a ignomínia do rei Filipe e do papa Clemente levou muitos Templários à fogueira. 
Num canto de uma masmorra, um prisioneiro Templário gravou na parede fria e húmida esta mensagem: "Não nos querem Cavaleiros Brancos, pois Cavaleiros Negros nos terão!"

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